Neste sábado, 6 de maio, se estará a exatos 17 meses da eleição municipal de 2024. Como os leitores já se acostumaram à expressão, o pleito está ali na esquina. E é mais que hora de se observar o cenário do momento, considerando-se, inclusive, o fato de que já é possível afirmar que a chance de segundo turno é legalmente possível e politicamente provável. Sim, com a tendência de um número maior de concorrentes, a decisão na primeira etapa é uma virtual quimera.
Que se diga, o cenário modificou-se pouco, mas há duas novidades visíveis. Uma é o aceno feito pelo MDB de apresentar um nome para concorrer a prefeito, o que não acontece desde a reeleição de Cezar Schirmer. Outra é a incrível divisão pedetista, que, embora com muitos militantes e nomes consagrados, sequer consegue se entender acerca da Executiva, o que faz duvidar que se alce com concorrente principal e, de inhapa, leva possíveis aliados a desconfiar da unidade do PDT, qualquer que seja a decisão tomada.
No caso emedebista, apenas setores muito minoritários, que influenciam mas não têm votos suficientes internamente, acreditam ser possível outro que não o deputado e secretário estadual de Assistência Social, Beto Fantinel, como nome do partido em eventual candidatura. Ele decidirá. Se não for, indicará outro (Marta Zanela é bastante citada) para vice de uma aliança ainda a ser formada.
Já no PDT, a situação está tão complicada que não será este colunista a ousar supor um desfecho, qualquer que seja. Em condições normais, o que longe está de ser o caso, Marcelo Bisogno e Paulo Burmann, cada qual com seu grupo, se entenderiam e um deles concorreria a prefeito ou viraria vice de alguém, muito provavelmente do petista Valdeci Oliveira.
E aí se chega aos protagonistas, e que nove entre dez analistas entendem ser favoritos. Um é o próprio deputado Valdeci, ainda que ele próprio não tenha confirmado a candidatura. A questão é o arco de alianças a ser formado, que transcenderia a Federação Brasil da Esperança, que tem também o PC do B e o PV. PSB e PDT encabeçam as prioridades, mas têm que combinar com os pedetistas divididos e os socialistas ainda sem saber exatamente para onde vão.
O outro sólido pretendente, e que, claro, também não se assume publicamente, embora cumpra agenda de candidato, é o vice-prefeito Rodrigo Decimo. Será o representante governista no pleito. Hoje no União Brasil, Decimo poderá virar tucano ou não, mas terá a chancela do PSDB de Jorge Pozzobom com toda a certeza. E vai buscar a ampliação do leque de alianças pela direita, tendo parceiros tidos como certos o PL e o Republicanos – se este não embarcar na candidatura própria.
Há outras questões, claro, ainda sem resposta. Algumas estão nos demais textos, que você confere nesta página.